Sobre “Black blocs prometem caos na Copa com ajuda do PCC”

A reportagem do Estado de São Paulo é bem interessante. Não tanto pela suposta associação com o PCC – é bem possível que a organização criminosa simpatize com os black blocs, mas entre simpatizar e apoiar em campo há um mundo. O mais interessante são as histórias dos personagens. Por mais que que me oponha  aos manifestantes destruidores e suas teorias simplistas, pude entender muitas das motivações dos personagens, o que até me deixa, confesso, mais compreensivo. Em um “debate” dividido entre o chilique rabugento – típico, aliás, do próprio Estadão – e a verborragia adolescente dos manifestantes, Lourival Sant’Anna conseguiu encontrar gente.

(É bem verdade que a manchete é bem carregada, e o tom de “mistério hacker” em volta dos entrevistados é até meio cômico. Contudo, me pergunto quanto disso foi escolha do repórter – certamente, não foi pouco – e quanto disso foi necessário para passar pela editoria. Nada me tira da cabeça, por exemplo, que a manchete serviu para conquistar, ao menos um pouco, os editores, dado o perfil do jornal.)

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