O culto à amada

Cultuo o corpo dela, a minha amada,

tão cheio de prazer e fanatismo

quanto convém àquele que do nada

fugiu, em direção ao hedonismo.

Louvo a boca de minha namorada

com um louvor parente do extremismo

como convém àquele que a cada

beijinho menos cede ao pessimismo.

Adoro o braço longo, a perna fina,

olhar gigante, vulva pequenina,

nariz, cabelo, seios, palma, pé…

Sou todo adoração a uma humana

cujo corpo salvou-me a alma insana

melhor do que pudera qualquer fé!

2005

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