Ontem, estava redigindo uma primeira versão da minha monografia de conclusão de curso. Lá pelas 14 h, vou fazer uma pesquisa no Google e, pimba! percebo que estou sem conexão com a Internet. Não me preocupei: meu modem é especiamente temperamental e, quando esquenta demais, trava. Basta reiniciá-lo que tudo volta ao normal.
Pois bem, reiniciei o modem, mas não consegui recuperar a conexão. Imaginei que o modem estava tão superaquecido que seria necessário esperar um pouco mais para que ele destravasse – embora os LEDs indicassem perfeito funcionamento.
Fui fazer outras atividades que estavam pendentes fora do computador. Duas ou três horas depois, volto para tentar reconectar. Ligo o modem, reinicio, utilizando poff
e pon
, o daemon pppd
e… não funciona. Nesse momento, apelei e fiz aquilo que todo usuário de Linux considera uma vergonha no currículo: reiniciei o computador… Ok, só os usuários mais pedantes consideram isso uma vergonha, mas o que importa é que mesmo isso não funcionou.
Evidentemente, havia algum problema com a comunicação com o servidor. Fui fazer uns testes. Primeiro, olhei os logs do pppd
com o comando plog
. Noto que o pppd
consegue receber um endereço IP externo, e recebe também os endereços dos servidores DNS da GVT. Tento pingar os servidores DNS mas eles não respondem! Isso tinha cara de problema de autenticação. Para verificar, comentei a linha com meu login e senha no arquivo de autenticação do pppd
e reiniciei o pppd
novamente. Agora, a saída do plog
indicava que não consegui um endereço IP nem o endereço dos servidores DNS por falha na autenticação. Imaginei: “É, o problema não é autenticação… ao menos até esse ponto”.
Joguei a toalha e resolvi ligar para a GVT. Depois de percorrer o caminho padrão, fui atendido por um rapaz. Explico para ele a situação, falo que já reiniciei tanto o modem quanto o computador e até comento que enxergo o endereço dos servidores DNS mas não consigo pingá-los. A primeira surpresa agradável foi que o atendente não pediu para eu reiniciar o computador e o modem de novo! Ele foi verificar se havia algo de errado com minha configuração e… pimba! de novo: minha porta estava bloqueada.
Aí que me toquei: eu havia pago a fatura do mês passado na sexta-feira anterior, com seis dias de atraso. Ocorre que eu não havia recebido a fatura por correio, de modo que tive de buscá-la no site da GVT; entretanto, levei um bom tempo para me tocar que a fatura não havia chegado.
Explico-lhe a minha situação. Ele me transfere, então para o departamento de cobranças. Sem precisar esperar mais que meio minuto, sou atendido por uma simpática moça. Explico novamente a situação, ao que ela vai verificar o estado da minha conta. De fato, consta como não paga, e a moça me explica que há o prazo de 72 horas para que o pagamento conste nos servidores. Apesar de ser uma situação chata, concordo que é bem natural…
Aceito, então, a triste sina de esperar até a segunda-feira para ter minha conexão de volta… A atendente, porém, diz que pode solicitar a abertura de minha porta no mesmo momento. Oras, que ótimo! Ela solicita o serviço e diz que, em duas horas, no máximo, eu estaria com minha conexão restaurada. Peço para ela verificar o valor da última fatura, pois eu temia ter pago a fatura errada… mas felizmente paguei a correta.
Por fim, a atendente pede para eu responder uma pesquisa sobre o atendimento. Eu não poderia negar isso a ela, afinal, e lá vou eu, feliz, responder a questão. Naturalmente, disse estar plenamente satisfeito. De qualquer forma, fui lavar umas roupas, para esperar o tempo passar e, na volta, a conexão estava perfeita!
Encontrei alguns bugs no processo. Por exemplo, tive de digitar meu número de telefone no começo, por solicitação do software, pois estava falando pelo celular; entretanto, os dois atendentes me pediram meu número. Entretanto, esses são detalhes insignificantes.
A GVT nunca me causou dores de cabeça. Nunca me trataram como um criminoso por usar Linux – muito pelo contrário, seus manuais já prevêem o uso de Linux. No final de 2007, me ligaram para me fazer uma oferta que pode ser resumida assim:
Notamos que você usa pouco telefone e muita conexão. Nós podemos reduzir sua franquia e quadruplicar sua velocidade de conexão, mas você terá de pagar R$ 5,00 a menos.
Agora, pela primeira vez, precisei de seu atendimento – por um problema que, no fundo, eu mesmo causei – e fui perfeitamente atendido. Por tudo isso, aí vai o meu conselho: se você não usa os serviços da GVT acesse o www.gvt.com.br e contrate-os agora. Talvez você passe pelo único problema sério da GVT, que é a cobertura mais ou menos limitada e as longas filas de espera. Eu garanto: esse problema, vale a pena suportar.